Tuesday, October 17, 2006

Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos,
há noites, manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente
e entra em nós uma grande serenidade, e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos. Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece
e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.


(in SARAMAGO, josé .PROVAVELMENTE ALEGRIA, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1985, 3ª Edição)

LEGADO

O tempo:
Taças e traços
meu filho.
A vida:
Loucos vitrais

Monday, October 09, 2006

Respondendo

Para quem perguntou:

A HERA é uma revista de poesia, na qual vivem dizendo que eu publiquei, o q não seria nenhum demérito, pois publicam bons poetas( e eu sou uma, rsrsrs)
Mas eu não o fiz. A Hera é objeto de pesquisa para a minha dissertação, por isso alguns dizem que publiquei para me acusarem de endogenia.
Como diria Helena: Não publiquei pq não quis, e se quisesse publicava e estudava a revista assim mesmo...pois quem escolhe o que eu pesquiso sou eu mesma. E se é bom e pertinente não importa se faço parte ou não...afinal de contas eu também sou "boa" e "pertinente"...

Sunday, October 08, 2006

Maluf, Clodoviu, Frank Aguiar??????????

E pensar que muito de nossa vida depende da decisão deles....
Vai entender os paulistas!!!!!

Saturday, October 07, 2006

CRUELA



"Eu tenho a mentalidade pacífica. Meus desejos são: uma cabana modesta, telhado de palha, mas uma boa cama , boa comida, em frente à janela, flores, em frente à porta, algumas belas árvores.

E, se o bom Deus quiser me fazer totalmente feliz, me permitirá a alegria de ver seis ou sete de meus inimigos pendurados nelas. De coração comovido eu haverei de perdoar todas as iniqüidades que em vida me infligiram.

Temos de perdoar nossos inimigos, porém jamais antes de eles estarem enforcados."

Heine ( Estilhaços e A arte do combate )